26 de setembro de 2003

AINDA AS PROPINAS
A propósito do post das propinas escrevia-me ontem um amigo meu, estudante universitário, dizendo que discordava comigo. Que ele tinha dificuldades financeiras, ia de transporte público para a faculdade e que não lhe parecia bem que o reitor da sua faculdade (FCT) lhe pedisse 850 € quando acabava de estourar uma data de dinheiro a inaugurar um NOVO parque de estacionamento (onde já existiam vários). E refere também que num dos anfiteatros onde tem aulas chove, frequentemente sobre os alunos.
Ora, não conhecendo eu em pormenor o diploma, nem a faculdade referida, parece-me que tem toda a razão, por um lado, por outro, não terá razão para se preocupar. Claro que, a ser exacto o que ele refere (e não tenho razões para duvidar) o reitor é um nabo para a gestão. Mais um. Estaria a delapidar recursos com coisas que não justificam em vez de encaminhar os orçamentos para a manutenção e melhoramento das condições. Esta não é uma situação nova, se formos mais para sul encontraremos outras universidades onde a prioridade é a aquisição de edifícios classificados em vez do investimento nas condições de ensino, et caetera, et caetera... Isso é um ponto.
Julgo, contudo - e espero não estar enganado, já que a amiga Manuela está desesperada por apanhar tudo o que é troco dos nossos bolsos - que quando se fala de "propina máxima"... se quer dizer"Propina Máxima". Isto é, quem tiver menos recursos paga menos, quem tiver muitos paga o máximo. Logo, ele não deveria pagar nunca a máxima (nem pagará, certamente). Este sistema parece-me justo, ser for bem aplicado. Claro que aparecerão filhos de empresários, de porshe a entregar a declaração de rendimentos do pai, que não ganhou nada no ano anterior... Mas isso, é Portugal.

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